Low Carb

O que é Low Carb (LC)?

Esse é um dos estilos alimentares mais procurados por aqueles que querem ressignificar sua relação com a comida. Ok, isso é bom, até por ser um estilo consagrado, que já existe há anos, que consiste na redução da ingesta de carbos e aumento da proporção de gordura, conforme esclarece o Dr. Barakat.

Porém, muitas vezes há uma descontextualização do conceito desse estilo alimentar que leva ao que chamo de “carbofobia” – um exagerado “medo” dos carbos.

?Atenção: low carb não é “no” carb! (veremos isso no próximo post! Mas já grave bem essa frase)

“Não é o carbo que faz mal, mas sim o tipo e a quantidade. Aqui falamos de consumir carbos bons como batata doce, inhame, mandioca, arroz negro – raízes e tubérculos. (e não carbos industrializados, como farinhas refinadas e etc.). Compreendem?”, explica o Dr. Barakat.

Como faço para seguir um estilo low carb?

É fundamental esclarecer que de nada adianta seguir uma dieta “low carb” tendo como base produtos industrializados. O conceito low carb não cabe num produto rotulado. Pelo contrário: o que ele estabelece é a exclusão de refinados, processados e os “ados” derivados da Indústria.

A LowCarb pode integrar outros tipos de modalidades alimentares como o estilo Paleolítico e a Cetogênica (entre outras)  Os benefícios da LC vão além de perder peso (essa é uma consequência, e não a finalidade). É muito mais do que isso, é saúde! Observo uma sociedade ávida por mudanças, que começa a trilhar um caminho de despertar de consciência com relação àquilo que tem consumido. É nesse espectro que entra o processo de ressignificação do modelo alimentar por meio do estilo LOW CARB, outrora “contaminado” por um estilo regado à produtos industrializados por anos.

Deve-se preconizar o consumo de carnes, legumes, verduras hortaliças, raízes e frutas de baixo índice glicêmico (consulte uma tabela nutricional). Procure consumir estes alimentos crus ou cozidos no vapor. Assim, se mantem o baixo índice glicêmico, visto que quando em altas temperaturas (assados por ex.) este indicador aumenta.

Procure conversar com um nutri que possa lhe acompanhar no processo de ressignificação alimentar e na definição do estilo que melhor se enquadra em seu seu perfil.

Mas será que faz falta o consumo de carbo?

Um dos principais questionamentos costuma ser: “mas, será que faz falta o carbo?” Na LC o que o organismo precisa em termos de fonte energética será produzido a partir da gordura ou da proteína que, por meio de um processo chamado Gliconeogênese, vai gerar a energia de que o corpo necessita.

Atenção: “Low Carb não é NO Carb”! Esse conceito refere-se ao consumo de carbos bons (baixo índice glicêmico e livre de industrializados) e não a supressão dos mesmos da alimentação. É “Low” não “no”, ok!?

✔Na LC o que o corpo precisa será produzido a partir da gordura ou da proteína que vai gerar a energia de que precisamos! Por isso dizemos que quando você faz LC deve se manter high fat (LCHF) – para manter a fonte energética deve haver o consumo de gorduras boas (saturadas, por ex.) e não hidrogenadas e trans.

Quais benefícios da Low Carb?

✔️ Redução do risco de obesidade e diabetes tipo 2 [1,2] e melhora do quadro de síndrome metabólica[3]

✔️Os alimentos são “hipoinsulínicos” o que cria um ambiente com níveis glicêmicos menores o que despenca a insulina e, em contrapartida, aumenta produção de glucagon e GH – com isso disponibilizando queima de gordura e energia – depleta os estoques

✔️Outro ponto cabe à redução de triglicérides, que são fator de risco doenças cardíacas

Esse estilo é o que o Dr. Barakat considera um “trunfo” – “é exatamente a proposta de andar na contramão de hábitos alimentares que adquirimos há pelo menos 30 anos – em que nossa referência de “comida” passou a ser produtos oriundos da indústria”.

Talvez você já tenha visto uma figura da “pirâmide alimentar”. Já notou que a base dela é “carregada” de carboidratos (‘made in industry’) e refinados? Pois bem, é dai que vem a “raiz” da linha de nutrição da sociedade nessas últimas 3 décadas! Não é por acaso que há um aumento exponencial de doenças como as ligadas à síndrome metabólica, bem como cardiovasculares e crônico-degenerativas.

A compreensão de “carbos” foi deturpada. De repente sinônimo de carbo passou a ser a farinha refinada, pães, massas, doces, biscoitos – sem falar da frutose que por ser um açúcar barato é empregada para adoçar todos esses produtos (e também refrigerantes, sucos de caixinha etc). Que fique claro que quando falamos da ingesta de carbos na LC, não se trata “desse” tipo de “carbo corrompido”.

Como distinguir se é low carb ou não?

Se você tem o costume de tentar desvendar se esse ou aquele alimento é “low carb”, o Dr. Barakat tem algo a lhe dizer: “não existe ‘comida’ low carb. Não é isso”.

Low Carb consiste no contexto de sua alimentação diária. Na maneira com a qual compõe suas refeições.

Observe a banana. Ela, por si só, em termos de índice glicêmico, “não é low”, afinal, tem bastante carbo (no caso a frutose, um açúcar simples presente nas frutas). Agora, imagine que você comeu proteínas, vegetais, legumes e, ao final do dia, resolve ingerir uma banana. Então, você se pergunta: “Será que sai da Low Carb?” A resposta é: você ainda está em LC!

Porém, se no decorrer do dia, você consumiu arroz, batata, macarrão (alimentos com alto índice glicêmico – IG) e come a banana… você “saiu” do contexto de Low Carb. Percebem!? Pense nesse exemplo: numa madrugada tive fome. Daí, após um dia Low, comi duas bananas. Isso me tirou da LC?! não! Pois minha rotina me permitia consumir um alimento de alto IG.

Se você pergunta: “Dr. Barakat, todos podem fazer Low Carb?”
O médico esclarece que esse é um dos estilos alimentares que podemos seguir. Inclusive, esse conceito pode ser integrado ao estilo paleo, à cetogênica. Tudo depende da estratégia e característica de cada indivíduo, que deverá ser analisada por um nutri (funcional). Dada a conjuntura do perfil nutricional da população nos últimos 30 anos (com ultraprocessados e composta por carbos “ruins”) a Low Carb acaba sendo bem-vinda no sentido de agir em prol de uma destoxificação do organismo.

Se você quer ressignificar sua alimentação, procure focar naquilo que você deve excluir, em lugar de “o que posso comer?” Primordial é abdicar do consumo de açúcar refinado, de massas, de bolos, de pães, biscoitos.. mesmo que não possa substituir por esse ou aquele item, que tal excluir aquele suco de caixinha, aquele refrigerante, hein?

Comece a descascar mais em lugar de desembrulhar. Abra espaço na sua vida para uma comida livre de agrotóxicos, de transgênicos, de conservantes, acidulantes, corantes. Permita-se ir limpando seu paladar viciado. Seu corpo, sua mente, seu espírito – agradecem!

Veja também o Post sobre Low Carb no Blog do Dr. Barakat

Aos que são novos aqui, convido baixar o e-book do Desafio 30 Dias Dr. Barakat.